Web Family Cards - Person Sheet
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NameMecia Rodrigues
Spouses
Notes for Garcia (Spouse 1)
o da Vila
http://cultural.atarde.com.br/2000/arq06/ct0311.html  Nesse tempo e nesse ambiente, vivia Garcia d’Ávila que, em 1550, já possuía um curral em Itapajipe e adquiria escravos da Guiné. Não nascera para ser mero um funcionário real. Aspirava mais nobre futuro, ambicionando ser proprietário de terra, de muitas léguas de áreas virgens do território baiano. Conta Pedro Calmon: “Largou os paióis e cuidou das reses, a partir de 6 de dezembro de 1551”.
  Em 1552, pediu e obteve novas terras, argumentando para o governador que já possuía 200 cabeças de gado, fora porcos, cabras e éguas. Obteve de Tomé de Sousa, a 1 de maio, duas léguas pelos campos de Itapuã, entre os limites da cidade e a sesmaria de seis léguas de litoral e 14 de fundo, doada a D. Antonio de Ataíde, Conde de Castanheira. Ainda para o sertão, a partir da ponta de Itapuã, uma grande fazenda passara o seu domínio conforme conta Gabriel Soares de Sousa.
  Em Tatuapara, na Torre, instalou-se o grande latifundiário com “muitas benfeitorias como são a igreja de Nossa Senhora da Conceição e as casas da Torre pegadas a ela”. Tornara-se famoso. Depõe o Padre José de Anchieta: “quatorze léguas para o norte se fez uma ermida de Nossa Senhora, na fazenda de um homem dos antigos e principais da terra, mui perfeita e de muita devoção. Está em alto sobre o mar, onde se vê dos navegantes, e através pelo sertão tem a aldeia dos índios chamada de Santo Antonio”.
  Não foram muitas as mulheres que assinalaram a presença feminina naquela propriedade. Pouquíssimas eram as brancas, raras as negras, mais numerosas eram as índias. Por isso, não existiam muitas famílias nos sertões bravios, nas áreas em que se estabeleciam as fazendas de gado. A primeira delas foi a da índia Francisca Rodrigues, mulher de Garcia d’Ávila, de cuja união nasceu, em 1553, Isabel de Ávila.
  Por morte de Francisca o viúvo uniu-se a Mécia Rodrigues, cristã nova, que não lhe deu filhos. De outra índia teve um filho chamado João Homem. Assim, não tendo herdeiros legítimos, coube aos ilegítimos a sua sucessão. Não ficaram, todavia, para esses a totalidade de seus bens, pois o seu testamento contemplou os padres beneditinos e à Misericórdia de Salvador.
  Morrendo-lhe mais esta mulher, dedicou-se, com mais desvelo, à filha Isabel d’Ávila, casando-a, aos 19 anos, com Gil Vicente de Vasconcelos, logo em seguida morto pelos índios. Faltando-lhe o marido, “ajustou-se” o novo casamento de Isabel com Diogo Dias, “cristão velho, natural desta cidade, filho de Vicente Dias e de sua mulher Genebra Álvares, mameluca, filha de Diogo Álvares, o Caramuru e da tupinambá Paraguaçu”.
  Esta mesma Genebra Álvares, segunda filha do senhor da Torre, teve grande descendência, destacando-se o lendário Belchior Dias, o das minas de prata e o neto Francisco Dias d’Ávila, o herdeiro da grande propriedade. Caramuru era o senhor daquele paraíso tropical, onde naufragara por volta de 1509. Ali vivia em paz, sendo pai de muitas filhas casadoiras. Uma delas, Madalena Álvares, havia se casado, em 1534, com Afonso Rodrigues, de Óbidos, como se pode ler na inscrição de uma lápide na Igreja da Vitória. Foi seu genro também o genovês Paulo Dias, proveniente de Pernambuco, onde residira.
Last Modified 18 Mar 2001Created 3 Dec 2018 © Martin Romano Garcia, Asuncion.
diciembre 2018
© Martin Romano Garcia, Asuncion, enero 2000 - diciembre 2018