Em 1509/10 naufragou nas costas da Bahia (baixios do rio Vermelho), com um navio francês. Tinha 17 anos. Foi feito cavaleiro real de Portugal após ajudar o donatário Francisco Pereira Coutinho.
Caramuru = Moréia, nome também usado por alguns dos descendentes Teve inúmeros filhos bastardos. Filhas com Paraguaçú: ver ela. O Caramuru seria o senhor da Casa da Torre!
http://www.geocities.com/elvraupp/pafg62.htm#1521http://www.tvcity.com.br/materias/especiais/invenc...aodobrail_110400.htmhttp://www.cigmigracion.com/alvarez.htmhttp://cultural.atarde.com.br/2000/arq06/ct0311.htmlDe
112 “História da Casa da Torre”:
Não foram muitas as mulheres que assinalaram a presença feminina naquela propriedade. Pouquíssimas eram as brancas, raras as negras, mais numerosas eram as índias. Por isso, não existiam muitas famílias nos sertões bravios, nas áreas em que se estabeleciam as fazendas de gado. A primeira delas foi a da índia Francisca Rodrigues, mulher de Garcia d'vila, de cuja união nasceu, em 1553, Isabel de vila.
Por morte de Francisca o viúvo uniu-se a Mécia Rodrigues, cristã nova, que não lhe deu filhos. De outra índia teve um filho chamado João Homem. Assim, não tendo herdeiros legítimos, coube aos ilegítimos a sua sucessão. Não ficaram, todavia, para esses a totalidade de seus bens, pois o seu testamento contemplou os padres beneditinos e à Misericórdia de Salvador.
Morrendo-lhe mais esta mulher, dedicou-se, com mais desvelo, à filha Isabel d'vila, casando-a, aos 19 anos, com Gil Vicente de Vasconcelos, logo em seguida morto pelos índios. Faltando-lhe o marido, "ajustou-se" o novo casamento de Isabel com Diogo Dias, cristão velho, natural desta cidade, filho de Vicente Dias e de sua mulher Genebra Alvares, mameluca, filha de Diogo Alvares, o Caramuru e da tupinambá Paraguaçu.
Esta mesma Genebra Alvares, segunda filha do senhor da Torre, teve grande descendência, destacando-se o lendário Belchior Dias, o das minas de prata e o neto Francisco Dias d'vila, o herdeiro da grande propriedade. Caramuru era o senhor daquele paraíso tropical, onde naufragara por volta de 1509. Ali vivia em paz, sendo pai de muitas filhas casadoiras. Uma delas, Madalena Alvares, havia se casado, em 1534, com Afonso Rodrigues, de bidos, como se pode ler na inscrição de uma lápide na Igreja da Vitória. Foi seu genro também o genovês Paulo Dias, proveniente de Pernambuco, onde residira.
Segundo Maria Beatriz Nizza da Silva, Pe. Nóbrega certamente teria ficado impressionado com Diogo Alvares, o Caramuru, dotado já de ampla família mameluca e com cinco filhas casadas com os sobreviventes da matança feita pelos indígenas em anos anteriores.
Especialmente sobre esse fato não se referiu o jesuíta, mas o fez quando generalizou sobre as relações naturais que por ali se estabeleciam, de maneira desenvolta e condenável, com as "negras da terra".
Figuras femininas da Casa da Torre foram também Catarina Fogaça, que se casou com Manuel Pereira Gago, mãe do "bandeirante de sotaina", Padre Antonio Pereira; Leonor Pereira Marinho, mãe do segundo Dias d'vila, de Bernardo Pereira Gago e da segunda Catarina Fogaça, que recebeu o mesmo nome da avó. Tendo-se casado com Vasco Marinho
Falcão, veio a ser mãe de Isabel d'vila e Leonor Pereira Marinho, nascidas em 1661 e 1662.
Leonor Pereira Marinho desposara seu tio Francisco Dias d'vila, em 1679. Tiveram um filho, Garcia d'vila Pereira. Este teve filhos naturais com as mamelucas, tendo o Frei Santa Maria de Jaboatão anotado o nome de três delas: Francisca, Clemência e Albina.
Com efeito, é Leonor Pereira Marinho uma presença marcante naquela Casa da Torre, tendo possuído muitas terras no Piauí, metade das concedidas a Domingos Afonso Sertão, sócio do seu tio e marido Dias d'vila. Inácia de Araújo Pereira durante algum tempo administrou a Casa da Torre. Em 1762, possuía ela duas fazendas na antiga freguesia de Santo Antonio do Sorobim, então vila do Campo Maior.
As gerações se sucederam. Outras mulheres fortes e decididas povoaram os imensos salões e demais dependências da Casa da Torre, até que os ventos dos novos tempos suprimiram as presenças humanas daquele castelo.
E tudo se converteu em profundo silêncio... Somente as sombras hoje habitam suas históricas ruínas.
1) CALMON, Pedro. História da Casa da Torre: uma dinastia de pioneiros. 3ed. Salvador: FCEBa, 1983.
Batisada em 30 de julho de 1528 em Saint Malo, França. Madrinha: a mulher de Jacques Cartier, explorador do Canadá, de quem recebeu o nome Catarina. Não chegou a aprender o português.
Paraguaçú = grande mar
Filhas com o Caramurú:
- Ana, cc Custódio Rodrigues
- Genebra, cc Vicente Dias de Beja, fidalgo*
- Apolonia, cc João Figueiredo Mascarenhas, fidalgo*
- Gracia, cc Antão Gil, fidalgo*
- Felipa cc Paulo Dias Adorno, genovês**
- Madalena cc Afonso Rodrigues, de bidos**
* vieram em companhia do donatário Francisco Pereira Coutinho em 1536
(Doria diz que foi em 1549 com Tomé de Sousa)
** desertores da expedição de Martim Afonso de Sousa em 1532
http://www.geocities.com/elvraupp/pafg62.htm#1521http://www.wmulher.com.br/colabora/w_ary/india_paraguacu.htm: batismo Catarina Alvares née Paraguaçú, Ver citação. Foi, batisada antes do casamento (portanto já adulta), , no mesmo, dia., , Le pénultime jour du moys surdit fut baptizée la ,, Katherine du Brézil, et fut compère ...... , premier noble homme, Guyon Jamyn, sieur , de Saint Jagu, et commères Katherine des, Granges , et Françoise Le Gonien, fille de l'aloué , de Saint, Malo, et fut baptizée para maître Lancelot , Ruffier, vicaire, dudit lieu, le dit j
"Sepultura de Catarina Alz senhora desta Capitania da Bahia a, qual , ela e seu marido Diogo Alz corrêa, natural de Viana derão, aos , senhores Reys de Portugal e fes e deu esta Igreja ao, Patriarca S. , Bento, Era de 1582" , , outra versão: faleceu em, 26 de janeiro de 1583. Também segundo o , Dicionário, Livro do, Doria menciona a doação de Catarina à Igreja de São Bento e ,confirma data de falecimento.